Mais perguntas que respostas

Nenhuma equipe tem mais perguntas a serem respondidas nessa temporada da NBA que o Houston Rockets. Depois de uma offseason na qual o principal objetivo era conseguir um All-Star para o elenco, mas isso não aconteceu. Então, o GM Daryl Morey recheou a equipe com jovens promissores e apostas, alguns com qualidade bem duvidosa.

O Houston Rockets começa a preparação para a temporada da NBA com 19 atletas em seu elenco. Sendo que as regras da Liga permitem apenas 15 atletas por franquia. Com essa indefinição os atletas devem se empenhar bastante no training camp para mostrar ao técnico Kevin McHale que merecem uma vaga no time.

Pode-se afirmar que onze atletas estão garantidos para a temporada ( Jeremy Lin, Omer Asik, Kevin Martin, Marcus Morris, Patrick Patterson, Chandler Parsons, Carlos Delfino, Terrence Jones, Royce White, Donatas Motiejunas e Jeremy Lamb).  Oito atletas devem brigar pelas quatro vagas que sobram: John Brockman, Toney Douglas, Scott Machado, Gary Forbes, Courtney Fortson, JaJuan Johnson, Shaun Livingston e Greg Smith.

As perguntas começam com quem serão os quatro escolhidos. Hoje, com a carência de garrafão devem ser escolhidos ou Brockman ou Smith. Douglas é sempre elogiado pelo staff da franquia e deve ficar, mas isso se for aprovado como armador, tem a seu favor também o fato de ser o único com experiência em playoffs. Caso não ocorra, Livingston é visto como o reserva ideal de Lin por completar suas características. Forbes e Forston são os azarões, dificilmente ficam na equipe e devem jogar a D-League. Johnson é um jogador que teria espaço, mas a competição em sua posição é muito grande e ele tem que jogar muito para se manter. Já o brasileiro Machado é o mais perto de um armador que o elenco possui, com uma ótima visão de jogo, e por ter características únicas tem grandes chances caso se destaque no training camp.

Uma das perguntas mais citadas por todos os especialistas é se o pivô Omer Asik finalmente irá melhorar sua parte ofensiva para poder colaborar com o ataque da equipe. Ele tem trabalhado bastante para isso nos treinamentos específicos. Ajudado pelo ex-assistente Carrol Dawson que costuma trabalhar bastante com os big man de Houston. E ambos se mostram esperançosos em uma boa temporada ofensiva do turco.

Outra questão é a permanência de Kevin Martin o ala tem sido o maior pontuador da equipe nas últimas temporadas, mas tem um salário expirante extremamente alto para os padrões do Houston atual. Uma troca ainda nessa temporada não é descartada, pelo contrário é o provável desfecho para essa “minissérie”. Caso fique, Martin será bastante importante na parte ofensiva desse “novo” Rockets. Aliado com a eficiência dos chutes de fora de Carlos Delfino, esse pode ser o ponto forte da campanha.

Jeremy Lamb, Royce White e Terrence Jones. O trio draftado pelo Rockets mostrou que realmente pode atuar em um bom nível na Summer League de Las Vegas. O primeiro espera pela definição de Martin, caso ele saia os minutos de Lamb podem subir bastante e ele passa a ser peça chave da equipe. White dividirá minutos com Patterson e Morris e pode até vir a surpreender ganhando a posição. Jones que foi o destaque do time no torneio terá mais espaço no time e parece ser o mais pronto para atuar nesse nível.

Donatas Motiejunas é uma grande incógnita. Se ele conseguir se adaptar rapidamente ao basquete da NBA poderá ser um grande jogador. Caso contrário, será mais um jogador do leste europeu a ser um fracasso redundante nos EUA. De inicio, será o reserva de Asik, mas poderá jogar de PF.

Chandler Parsons fez uma ótima primeira temporada na NBA, contando que não houve uma preparação adequada devido ao locaute. Deve ser o dono da posição 3 da equipe tendo Jones como seu reserva. Veremos como será o seu avanço nessa segunda temporada. Patterson e Morris também devem evoluir tendo mais tempo de quadra.

Com todos esses jovens a pressão será mínima já que a reconstrução do Houston Rockets está apenas começando, sem objetivos elevados os garotos terão a oportunidade de mostrar o seu potencial. Mas um nome deverá ser cobrado demais nessa temporada.

Jeremy Lin chega a Houston como a grande estrela da franquia. Depois de proporcionar uma sensacional história de superação, quase um conto de fadas, em Nova Iorque. O jovem armador terá uma pressão para repetir as boas atuações que fez antes de se lesionar e perder os playoffs, além de ser o alicerce para o crescimento econômico dos Rockets no mercado.

O seu basquete é tão incógnita quanto todos os outros nomes do elenco. Suas boas exibições duraram um tempo pequeno, mas agradar a exigente torcida do Knicks é para poucos. O Rockets de Morey e McHale aposta suas fichas em torno de Lin. E os torcedores esperam que essa aposta seja acertada.

Alguns esboços de resposta podem ser vistos no training camp do Rockets e nos jogos da pré-temporada. Será que o Rockets vai ser mesmo um dos piores times da Liga como os especialistas têm previsto? Eu aposto que não.