O Beijo da Morte

Algumas vezes no esporte nós vemos heróis improváveis, jogadores de menor expressão que acabam decidindo um jogo ou título e entram para a história, não só da sua equipe, mas da modalidade. O caso mais emblemático dessa situação no Houston Rockets é Mario Elie e seu beijo da morte no jogo 7 da semifinal do Oeste contra o Phoenix Suns em 1995.



Elie foi draftado em 1985 na 160ª posição pelo Milwaukee Bucks, mas só estrearia na NBA em 1990 já com 27 anos pelo Philadelphia 76ers. Sua sorte mudaria apenas em 1993 quando foi trocado pelo Portland Trail-Blazers para o Rockets.

Vindo do banco o jogador ajudou na campanha do primeiro título da franquia, mas seu papel sempre foi limitado a uma função defensiva e com algumas bolas de três pontos espalhadas pelos jogos.

Em 1995, o Rockets começou muito mal a campanha de defesa do seu título, mas fez uma troca decisiva que trouxe a Houston o hall of famer Clyde Drexler e o time entrou nos eixos rumo aos playoffs.

Nas semifinais o Houston Rockets encontrou novamente o Suns que foi derrotado no ano anterior também em sete jogos. Dessa vez, o jogo seria em Phoenix e o time da casa era considerado favorito apesar de ter feito 3x1 na série e deixado o Rockets empatar.

Com o relógio marcando 20.4s para o final, o Rockets partia para o ataque com o jogo empatado em 110 a 110. Kevin Smith recebe a bola e passa para um desmarcado Robert Horry que joga uma bola muito difícil para Elie na zona morta, e Mario acerta a bola de três faltando 7 segundos para o fim.

O jogador sai comemorando e beija os dois dedos da mão em direção ao banco do Suns, essa jogada ficou conhecida como “O beijo da morte” e é lembrada até hoje como uma das mais celebres decisões de playoffs.

O jogo acabaria 115x114 para o Rockets e o time ainda enfrentaria o San Antonio Spurs de David Robinson e o Orlando Magic de Shaquille O’Neal para conseguir o seu segundo título.

Mario Elie ainda conseguiu o seu terceiro anel de campeão com os Spurs em 1999, mas a imagem de sua carreira é o beijo da morte.


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