Com um desempenho surpreendente nessa temporada da NBA, Chandler Parsons possui um dos contratos de novato mais complicado do Houston Rockets. Como foi selecionado na segunda rodada do Draft de 2011 o jogador não segue as mesmas regras dos outros selecionados na primeira rodada.
Jogando muito acima do esperado para ele, seu contrato tem um custo muito baixo e uma duração cômoda para o Rockets o que pode facilitar a construção de um time muito mais forte sem perder o seu SF titular.
O contrato de Parsons
Como já foi citado acima, Parsons foi selecionado na segunda rodada do Draft, ou seja ele não fica submetido as regras estabelecidas pela NBA para os 30 primeiros escolhidos. Esses contratos tem duração de quatro anos, sendo dois garantidos e no terceiro e quarto ano a equipe tem o direito de optar ou não pode manter o jogador.
A 38ª escolha fez de Parsons um jogador comum que poderia assinar qualquer tipo de contrato com o Rockets como se ele fosse um simples Free Agent. A maioria dos selecionados na segunda rodada assina por um ou dois anos pelo mínimo estabelecido pela liga. Mas não foi esse o caso de Parsons.
Chandler Parsons assinou um contrato com quatro anos de duração no valor de 3.629.500 dólares. Os dois primeiros anos do contrato dele estão garantidos (850.000 e 888.250 respectivamente).
Mas a grande mudança no contrato do jogador que o difere dos outros novatos é que o Rockets não tem a team option para os dois anos seguintes. Foi costurado um acordo prevendo que se Parsons não fosse dispensado até 1º de Janeiro de 2013 (o que não aconteceu), o salario do terceiro ano (926.500) seria garantido no valor de 600.000. E se o jogador não for dispensado até 30 de junho de 2013 ( o que pelo que tem jogado não deve acontecer), seu contrato será totalmente garantido. O mesmo acordo prevalece para a temporada seguinte só alterando os valores.
O acordo que no inicio parecia um grande negócio para as duas partes agora é muito bom apenas para o Rockets que terá um jogador atuando em alto nível com um contrato de quatro anos custando menos de um milhão por temporada.
E no futuro?
Parsons pode reclamar de atuar em alto nível sem ganhar tanto para isso. Mas seu contrato não pode ser reformado, e não tem como muda-lo sem dispensar o jogador. E não tem nenhuma chance do Rockets dispensá-lo e ninguém contratá-lo como waiver. Um caminho será manter esse acordo até 2015 e lá como Free Agent o jogador pleitear um negócio melhor.
A outra opção seria uma extensão de contrato em 2014. Como todo jogador com contrato expirante, Parsons poderia acordar com o Rockets um novo contrato para o casamento entre jogador e equipe continue.
Essa opção parecia a mais sensata, ocorre que as regras da CBA não permitem que o jogador recebe um aumento maior que 107,5% do que já ganha com a extensão. Logo, o salário para a temporada 2015-16 para Parsons seria de apenas 1.037.106 dólares. Um valor baixo para um jogador tão bom. Provavelmente nem Parsons nem seu agente aceitariam esse acordo e iriam tentar a sorte em uma free agency.
Outro caso possível, mas não provável seria uma renegociação. Times que estão dentro do cap room podem renegociar contratos de seus jogadores. Mas para isso o Rockets teria que estar dentro dessa meta salarial na temporada 2014-15 frustrando os planos de contratar uma segunda grande estrela para o time. Além disso, os contratos de Jeremy Lin e Omer Asik serão muito altos nessa temporada. Essa opção seria inviável para o Rockets.
A última possibilidade seria tentar contratar Chandler Parsons na free agency de 2015. Essa seria uma grande jogada do GM do Rockets já que poderia assinar o jogador com o Bird rights sem afetar o cap room da equipe. O salario de Parsons que entraria para a conta seria de 1.833.025 dólares. E o Rockets poderia oferecer ainda mais pelo jogador sem entrar na conta.
Com dinheiro sobrando, o plano de contratar um outro grande jogador como Kevin Love poderia ser posto em prática. Com o Rockets montando um time para brigar pelo título na temporada seguinte.
Mesmo com o agente de Parsons lutando por um contrato maior com outros times a boa relação de quatro anos entre o jogador e o Houston Rockets poderá ser o trunfo para a permanência dele.
De repente uma negociação que parecia ótima para um jogador de segunda rodada hoje faz com que o contrato de Parsons seja o melhor contrato para qualquer time da NBA. Com esse baixo custo e alto rendimento, o Rockets poderá montar um grande time nos próximos anos sem se preocupar com dar ao jogador um grande contrato.
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