Todo mundo quer morar em Los Angeles, principalmente um esportista que é extremamente conhecido na sua modalidade. A cidade tem um gigantesco mercado que transforma instantaneamente ídolos em heróis nacionais, um clima perfeito e também é fácil de encontrar estrelas dos cinemas nos lugares badalados. Por alguém sairia de lá?
O pivô Dwight Howard está pensando seriamente em sair do Los Angeles Lakers e aportar no Texas para jogar pelo Houston Rockets com a estrela ascendente James Harden. Os mais tradicionais especialistas em NBA dizem que essa possibilidade é absurda, já que seria mais fácil ser campeão em LA do que em qualquer outro lugar que possa receber o seu salário. Será?
O elenco do Lakers está envelhecido e apesar de ter ficado na frente do Rockets nessa temporada não sabe como estará na próxima. Kobe Bryant e sua lesão no tendão calcâneo ficarão de fora de toda a preparação além de, possivelmente, do começo da temporada e mesmo a sua volta parece estar recheada de dúvidas.
Pau Gasol está precisando de um tempo de recuperação e passará por um tratamento revolucionário para curar seus problemas de joelhos. Com isso, ele deve perder alguns meses de treinamento que poderão fazer toda a diferença. Além deles, Steve Nash terá 40 anos e até o Metta World Peace sente o peso dos anos em suas costas.
Por outro lado, o Rockets foi o time mais jovem da NBA com uma média de 23,7 anos. E em Houston ele teria vários bons jogadores compondo seu elenco de apoio. Jeremy Lin, Omer Asik e Chandler Parsons poderiam complementar a dupla de estrelas, Harden e Howard. Com a presença defensiva e marcante do pivô, o Rockets poderia obter a peça que faltava para que o time brigue por títulos nos próximos anos.
O sistema de jogo do Rockets também encaixa bem com o pivô. Ao receber a bola no garrafão, Howard sempre atrai marcação dupla, o que deixaria alguém livre no perímetro para arremessar de três, ponto forte do time de Houston.
A opinião pública pesa um pouco na decisão de Howard que teme ser visto como um inimigo de Los Angeles caso decida sair da cidade. Além disso, o dinheiro será uma parte importante da escolha do pivô.
Caso fique no Lakers, ele poderia assinar um contrato de U$ 117,9M por cinco anos. No Rockets, o máximo que poderia receber seria U$87,8M por quatro anos. A diferença de 30 milhões de dólares parece ser muito decisiva para Howard. Ocorre que os sistemas de impostos da Califórnia e do Texas são diferentes o que reduziria a perda para “apenas” U$ 25,3M por um ano de contrato, um déficit significativo.
Ocorre que no fim desses quatro anos com o Rockets, Dwight Howard teria apenas 31 anos e ainda estaria no auge de suas forças, portanto, plenamente capaz de assinar um novo contrato máximo que cubra totalmente essa diferença. Dinheiro não será tudo para o pivô.
Após brigar por muitos anos em Orlando tentando montar um bom elenco para conquistar um título, Howard agora deve pensar muito bem e escolher a equipe que lhe dará mais condições de ser campeão.
Caso passe cinco anos em Los Angeles e não seja campeão, os 117 milhões de seu contrato serão cobrados como tal e novamente, a opinião pública ficará contra o pivô. O que não deverá ocorrer em Houston.
Por razões comerciais, Howard sofrerá o ódio de todos os californianos amantes do Lakers caso resolva mudar para Houston, mas se formos pensar apenas nas razões ligadas ao basquete não devemos nos espantar se Dwight vestir a camiseta vermelha do Rockets na próxima temporada.
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