O pivô Dwight Howard conversou com o jornalista do
Rockets.com nesta semana e falou sobre muitos assuntos. Mas o foco principal da
entrevista foi o prazer em jogar basquete. Agora o Superman parece ter voltado a ser um homem feliz.
Confira a entrevista na íntegra.
Como você descreve seus primeiros três meses
como um Houston Rocket?
Tem sido ótimo, cara. Os fãs têm sido ótimo, a organização
tem sido fantástica. Eu estou feliz de ser uma parte disso. Este é o meu
terceiro time e a recepção que tive da comissão técnica e dos meus
companheiros, todos os garotos novos – eu até me sinto mais jovem – adicionou ainda
mais vida a alguém que é cheio de vida, eu estou feliz com isso.
Houve alguma experiência que se destaca
até aqui?
Não. É tudo. Tudo desde ir ao shopping e entrar nas
lojas e ver como os fãs me tratam até ficar no vestiário com os caras. Eu amo
isso.
Apenas observando como você interage com
o técnico McHale, parece que vocês já desenvolveram uma conexão forte.
Sim. Eu acho que Kevin vê muito potencial em mim e
como eu posso crescer como jogador. Estou tão excitado por tê-lo como meu
técnico e ter a oportunidade de realmente aprender e crescer por ele. Eu estou
feliz que ele está mais vivo que estava antes. Eu acho que ele está empolgado.
Apenas observando ele e as poucas vezes que estive perto dele tive a chance de
falar de basquete e ele dividiu suas experiências passadas comigo, eu realmente
gostei disso.
Alguma coisa especifica dessas conversas
que você possa compartilhar?
Não há uma coisa só, mas a maior coisa é como ele
fala comigo. É como se ele realmente acreditasse no que eu posso fazer e
cumprir dentro de quadra. Ele vai me “empurrar” para ser isso e eu gosto. Eu
quero depositar minha confiança nele e fazer tudo por ele.
Do ponto de vista físico, há alguma
chance de comparar como você se sente hoje versus como seu corpo sentia uma ano
atrás quando você estava se recuperando da cirurgia nas costas?
Estou bem melhor. Meu corpo
se sente bem melhor. As pequenas dores que eu vinha tendo na maior parte
da última temporada já sumiram. Eu
vou continuar a melhorar. Estou empolgado. Empolgado com as
possibilidades, do que eu poderei fazer nesta temporada porque meu corpo está
mais saudável. É uma grande diferença. Ano passado, eu não podia me mover como
eu costumava fazer até o fim da temporada. Alguns dos meus movimentos estão voltando. Estou tão feliz por isso.
Você tem objetivos individuais
estabelecidos para esta temporada?
Eu só quero vencer o campeonato e ser o Defensive
Player of the Year e voltar ao topo.
Você tem um jogador de pick-and-roll de elite em James Harden
no seu time e outro muito bom em Jeremy Lin. Você é, provavelmente, o mais
dominante big no pick-and-roll da liga. Vocês conversaram sobre trabalhar juntos
neste tipo de jogada?
Tivemos várias conversas sobre isso. A principal
coisa que eu digo para o meu armador é que quando eu faço a screen, ele tem que atacar o big. Faz com que o defensor tome a
decisão. Se ele for continuar comigo, você vai fazer a bandeja ou a enterrada.
Se ele me deixar, apenas jogue a bola pro garrafão. Nós temos falado sobre tudo
isso. A maior coisa que eu digo para os caras é que toda vez que eles pegam a
bola no pick-and-roll tem que ser
agressivos – isso abre a quadra inteira. Eu quero ser agressivo em rolling, mas há vezes que, do jeito que
eu digo a eles, vai abrir tudo para todo mundo. Eu vou ter meus arremessos.
Pessoas que conhecem basquete entendem o efeito de
um bom screen-and-roll. Começa com o
armador, vai para os bigs e o resto
dos caras no perímetro. Então estou olhando a frente para isso.
Eu perguntei Jeremy sobre isso, mas eu quero
ver sua versão disso: conte-me sobre seus jogos one-on-one com ele em Aspen.
Eu amo jogar one-on-one
com armadores. Ele ganhou um jogo e eu venci o último. Quando eu jogo contra
armadores é um bom treino para minha defesa porque eu quero meu jogo de pernas
de volta quando for preciso. Então jogando contra os armadores realmente me
ajuda – é a maior razão porque eu gosto de jogar contra eles; é tudo sobre
defesa.
Você e
James vão ter a chance de se estabelecer como uma das melhores, senão a melhor,
combinação inside-out da liga. Você
sabe o que significa: pessoas tentaram criar um apelido inteligente para vocês.
Alguma ideia criativa?
Isso é difícil. Eu tenho que voltar e pensar
sobre isso. Eu penso que nós dois só queremos ganhar. Nós saímos juntos neste
verão. Nós voltaremos com um grande apelido, mas nós temos coisas mais
importantes em nossa mente agora.
Tiveram várias falas suas na coletiva de
apresentação que foram sobre diversão e prazer jogando basquete ao mesmo tempo
vencendo no mais alto nível. Assistindo você jogar pick-up hoops e esses jogos one-on-one,
claramente parece que você está afiado. Você pensa que redescobriu esse prazer?
Sim. Toda a merda saiu de mim. Os dois últimos
anos não foram fáceis. Foi muito duro passar por isso, mas tempestades não
duram para sempre. Uma coisa que permitiu essa situação foi quando perdi o
prazer nisso. Eu não posso deixar isso acontecer. Esses caras, especialmente os
jovens, eles trouxeram vida de volta pra mim. Apenas estar nesta cidade, as oportunidades
que nós temos como time e as coisas que eu sinto que posso fazer pela
comunidade, isso me dá uma vida nova. Estou empolgado com isso e cheio de
vontade de voltar a fazer o que eu faço, e fazer com prazer.
Super Beard, o novo apelido da dupla campeã da próxima temporada da NBA
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