Qual será o futuro de Parsons e do Rockets?





Hoje, Chandler Parsons é o terceiro mais importante jogador do Houston Rockets e também tem um dos contratos mais baratos da NBA se considerar o custo-benefício dele.Toda história do contrato do ala já foi dissecada aqui, mas as opções para o futuro da franquia devem ser reavaliadas após a chegada de Dwight Howard como segunda estrela do time. 


Daryl Morey, GM do Rockets, e Leslie Alexander, dono da franquia, terão muito que conversar até o fim da temporada para ver qual o melhor caminho para seguir com o jogador. Parsons pode se tornar muito caro para Houston se o time pensar em trazer uma terceira estrela para a equipe. 

Outro caminho a ser avaliado é a tão declamada busca por uma terceira estrela para jogar ao lado de James Harden e Howard; e o contrato de Parsons é uma peça importante nesta busca e deve ser analisada com muito cuidado. 

As opções para o futuro de Parsons seguem as mesmas: a) o time não exercer a opção do último ano de contrato e o jogador tornar-se free agent restrito em 2014; b) o Rockets deixar o contrato dele ir até o fim e tentar reassinar com ele como free agent irrestrito; c) trocá-lo antes do fim do contrato.

Qual a melhor forma de conseguir uma terceira estrela via FA?

O objetivo de Morey será manter Parsons pelo menor custo possível e ainda conseguir uma terceira estrela e para isso a melhor opção parece ser a letra “b” se for via FA. 

O Rockets teria duas free agency para conseguir esse tão sonhado jogador. Para conseguir alguém já em 2014 seria necessário trocar tanto Omer Asik quanto Jeremy Lin já que a fatia que eles consomem do CAP da equipe inviabiliza qualquer assinatura. 

Caso os dois jogadores saíam por contratos expirantes, o Rockets teria os 16,6M de ambos para negociar com FA’s. Mas se por um acaso Morey não consiga negociá-los seria um risco muito grande deixar Parsons se tornar FA irrestrito em 2015.

Portanto, todas as negociações que envolvam Lin e Asik até o fim desta temporada estão muito ligadas na possível opção do time no contrato de Parsons. 

Caso ambos fiquem no elenco em 2014, o Rockets teria uma nova chance de assinar com a terceira estrela em 2015 utilizando-se de uma flexibilidade salarial maior e após conseguir esse jogador poderia negociar com Parsons uma renovação, mas correndo o risco de qualquer clube assinar com ele.

Se isso ocorresse, o Rockets estaria apostando tudo na vontade de Parsons em permanecer em Houston. Considerando a personalidade de Chandler seria fácil imaginar que ele gostaria de continuar na cidade, mas seu agente Dan Fegan é conhecido por convencer seus clientes a aceitar contratos mais vantajosos em detrimento da “felicidade pessoal”.


Qual a melhor forma de conseguir uma terceira estrela e manter Parsons?

O melhor negócio que Morey poderia conseguir no geral seria uma troca que trouxesse a terceira estrela sem precisar passar por toda a correria da FA. Caso isso ocorresse ainda nesta temporada, os riscos de perder Parsons poderiam ser reduzidos.

Por isso, o GM do Rockets tem tido todo cuidado para negociar o turco Omer Asik, qualquer negociação errada por parte dele faz com que todo o projeto do futuro venha a ruir.

Asik e Lin são peças fundamentais para o futuro do Rockets, mesmo que seja fora de quadra, e Morey tem analisado todas as possibilidades para não perder qualquer chance.

Nesta temporada, várias equipes estão jogando mal de propósito e alguns jogadores acabam ficando insatisfeito em jogarem abaixo do possível. Morey acredita que algum GM poderá acabar se interessando por Lin e/ou Asik em troca de uma estrela irritada. 

Para isso, o tempo, ao contrário do imaginado, joga do lado do Rockets. Até fevereiro pode ser que alguma equipe simplesmente desista da temporada e resolva apostar suas fichas em uma escolha de Draft e alguma estrela acabe embarcando em Houston.

A partir dessa negociação, o Rockets poderia utilizar a melhor forma de manter Parsons. 

Qual a melhor forma de manter Parsons?

Hoje, a melhor opção para manter Parsons seria a letra “a”. Deixá-lo se tornar um FA restrito e tentar assinar com ele no verão de 2014 já que a equipe poderia igualar qualquer proposta feita pelo jogador. 

É claro que essa opção ainda tem riscos como qualquer negociação em um FA. Mas Morey já passou por essa experiência quando Kyle Lowry e Luis Scola entraram no mercado e receberam ofertas consideradas acima do mercado, mas facilmente igualada pelo Rockets. 

No caso dos FA restritos, quando os times sabem que o time detentor dos “direitos” vai igualar praticamente todas as ofertas eles desistem de oferecer um contrato e buscam algum outro jogador realmente livre. Um motivo para isso é que esse dinheiro ficaria preso por pelo menos duas semanas até o fim da free agency e no fim se o time do jogador igualar eles perder a oportunidade de assinar com outro jogador.

A chance de poucas equipes se interessarem por Parsons é grande porque muitos sabem da importância dele para o Rockets e também para Houston onde ele é ídolo. E é claro que o valor oferecido em 2014 será menor que 2015, por motivos óbvios.

O risco do Rockets sofrer do próprio veneno como ocorreu nos casos de Jeremy Lin e Omer Asik é pequeno porque no caso do armador o Knicks não detinha todos os Bird Rights e o Chicago Bulls simplesmente não tinha CAP nem vontade para assinar com o turco. 

Outra coisa, Parsons – diferente de Lin – não precisa assinar com outro time para conseguir um bom contrato. O jogador gosta de Houston e o Rockets sabe da importância dele para a equipe, logo ele e seu agente podem chegar a um acordo de apenas igualar as ofertas recebidas sem o jogador assinar com ninguém para isso. Com essa técnica, Morey poderia evitar os contratos “poison pills”.

Claro que o Rockets ainda correrá o grande risco de alguma equipe oferecer muito dinheiro para Parsons, como ocorreu com Carlos Boozer em 2004. O ala-pivô teve seu contrato terminado antes pelo Cleveland Cavaliers (assim como o Rockets pode fazer com Chandler) e o Jazz ofereceu um contrato impossível de ser igualado por ser muito acima do valor de mercado do jogador. O risco é ainda maior se ele for FA irrestrito.

É lógico que se ele for FA irrestrito em 2015 ele deverá receber uma proposta mais alta, pois estará livre e as equipes que o quiserem tem que competir uma com as outras em um verdadeiro leilão e o Rockets para tê-lo também deverá abrir a carteira. 

Mas o fim antecipado do contrato também pode ser excelente para Parsons. O ala deve receber apenas 964 mil dólares em 2015 e com a chegada de um novo contrato que deve girar por volta de sete milhões seu salário seria aumentado imediatamente. 

Parsons pode ser trocado?

Uma das possibilidades, mesmo que seja a mais remota de todas seria envolver Parsons em uma troca para trazer a tão sonhada estrela. Hoje, com o contrato atual do jogador é muito mais difícil conseguir uma estrela por causa do valor baixo dele.

Com um novo contrato longo e com real valor, Parsons pode ser realmente uma moeda de troca bastante útil para Morey caso a equipe falhe em conseguir sua estrela sem perder o ala. 

Parsons seria um atrativo maior para as outras equipes da NBA se tivesse um contrato de vários anos do que ele seria com 1M em um ano. Um contrato razoável (30M em 4 anos) teria uma grande possibilidade de ser oferecido e trocado se for preciso para o Rockets.

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