Pode confiar no banco





Depois de dois jogos no Toyota Center, o Houston Rockets se prepara para viajar até o outro lado do Texas para enfrentar o Dallas Mavericks com uma boa vantagem na primeira rodada dos playoffs do Oeste muito por conta do seu banco de reservas.


Depois da confirmação da ausência de Chandler Parsons por conta de problemas no joelho e da “lesão” de Rajon Rondo, o Mavericks pode parecer uma presa fácil para o Rockets, mas isso está bem longe de ser verdade mesmo tendo que confiar em JJ Barea para a armação e Richard Jefferson para a ala. 

Dallas ainda possui um dos melhores técnicos em leituras e ajustes do jogo em Rick Carlisle e também tem dois pontuadores perigosos em Monta Ellis (20ppg e 33% FG) e Dirk Nowitzki (17ppg e 46,4% FG). Além de um defensor muito difícil de ser vencido no mano a mano como o Tyson Chandler e que tem 12 rebotes ofensivos na série.

O mesmo não pode ser dito sobre o desempenho dos reservas para esse terceiro jogo, já que Amar'e Stoudemire pareceu perdido na defesa nos dois jogos, mesmo somando 17 pontos, por outro lado Al-Farouq Aminu mostrou muita vontade, mas faltou alguma coisa ao ala. Raymond Felton foi utilizado por Carlisle nos momentos finais após a rebeldia de Rondo, mas não demonstrou ser capaz de mudar os rumos dos jogos. Charlie Villanueva jogou apenas 11 minutos até aqui e não dá pra esperar muito dele.

Nos dois primeiros jogos foram poucos os momentos em que Dallas deu impressão de que poderia vencer, mas os torcedores de Houston sempre ficaram ansiosos e aflitos esperando o famoso “apagão” da equipe na temporada regular, o que não aconteceu, não como vinha ocorrendo. 

Josh Smith apareceu como o herói improvável no último quarto do jogo 2, liderando a equipe como se fosse um armador, distribuindo passes e posicionando os seus companheiros, levando o técnico Kevin McHale a deixar James Harden no banco por quase oito minutos. 

Depois de um jogo apagado na abertura da série, o ala-pivô mostrou porque ele foi um reforço muito comemorado pelo GM Daryl Morey e por grande parte do staff de Houston e, claro, pelo seu grande amigo, Dwight Howard.

De repente, o calouro Clint Capela saiu do fundo do banco (ou da D-League) ultrapassou o limitado Joey Dorsey e vem sendo o reserva de Howard e tendo média de 6.5 pontos e cinco rebotes e dois tocos por jogo. Além disso, o suíço protagonizou duas belíssimas enterradas erradas, mas ele só tem 20 anos. 

E o Corey Brewer? Segue sendo aquele jogador que a gente adora xingar e depois quando estamos quase desistindo dele aparece uma bola impossível, um contra-ataque em alta velocidade ou um arremesso do canto da quadra que cai por pura teimosia. 

No segundo jogo, com um pouco mais de confiança, até o argentino Pablo Prigioni marcou seus pontinhos e foi muito importante jogando no quarto decisivo como armador principal do time, sabendo muito bem a hora de deixar a bola nas mãos do Josh. 

Com o 2 a 0 no placar, Rockets tem tudo para aproveitar o mal momento do Mavericks para vencer o terceiro jogo nesta sexta-feira e praticamente sacramentar a classificação para as semifinais, mas como um adversário ardiloso, Dallas pode estar apenas fingindo-se de morto para atacar. 

Para evitar qualquer problema, o quarteto reserva acima citado é o grande fator que diferencia Houston e Dallas e deve ser decisivo quanto ao resultado da série seja para o bem ou para o mal do Rockets.

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