Depois de retornar a final de
conferência Oeste, o Houston Rockets terminou a sua melhor campanha desde 1997
com uma derrota por 4 a 1 diante do Golden State Warriors, mas a equipe pode
ficar animada com o futuro próximo.
A temporada viu a consolidação de
James Harden como um dos melhores
jogadores da NBA, brigando voto a voto pelo título de MVP, mas acabou derrotado
pelo algoz da pós-temporada, Stephen Curry. Mesmo assim, o ala-armador pode
enfim ser considerado um franchise player
capaz de levar sua equipe longe.
Nos playoffs foi bastante
criticado e a última impressão que fica são os infinitos turnovers no jogo cinco da final do Oeste. Mas seus números foram
bons e se não fosse por ele o Rockets não teria chegado onde chegou. Falta
ainda comandar a equipe dentro de quadra e dosar quando ter a bola e quando
não, mas ficou bastante prejudicado pela falta de outro jogador de perímetro confiável
com a bola não mãos.
A ressureição de Dwight Howard nos playoffs também é uma
boa. O pivô foi o jogador mais consistente da equipe nos jogos eliminatórios
mesmo mostrando um desequilíbrio em momentos chaves. Sua condição física ainda
é o maior problema para o futuro de Houston.
Trevor Ariza se encaixou muito bem no esquema defensivo da equipe,
apesar de não ter um bom aproveitamento no ataque, teve uma contribuição inestimável
para o time.
As lesões novamente tiraram Patrick Beverley dos momentos decisivos
e agora que ele é agente livre, mesmo restrito, não se tem tanta certeza que o
armador continuará no lado vermelho do Texas. Jason Terry foi importante durante a temporada, mas não conseguiu
segurar o rojão de ser titular e jogar tantos minutos devido a sua idade. Pablo Prigioni não conseguiu mostrar
muita coisa.
Donatas Motiejunas fez uma temporada excelente e deu esperanças aos
torcedores do Rockets, mas a lesão nas costas que tirou dos playoffs pode se
complicar. O lituano forçou bastante seu físico durante a pré-temporada
disputando a Copa do Mundo e a Summer League, o que acarretou na sua evolução
técnica, mas prejudicou seu corpo.
Terrence Jones começou voando a temporada, mas uma misteriosa lesão
no nervo da perna estancou o crescimento de seu basquete. Nos playoffs acabou
perdendo a posição e terminou como a grande interrogação dos próximos anos.
Josh Smith é o x-factor.
Um jogador tão inconstante quando o Incrível Hulk. Tem dias que ele pode ser
considerado uma estrela da liga, tem dias que ele merece ser dispensado por uma
fortuna. Chegou a Houston sem muitas expectativas, começou mal, mas depois
encontrou o seu lugar. Foi importante nas duas primeiras séries contra Dallas Mavericks
e Los Angeles Clippers. Contra o Warriors não foi tão impactante.
Corey Brewer também é muito imprevisível. Tem dias que ele consegue
furar as defesas com seus contra-ataques como se fosse uma bala, tem dias que
erra bandejas fáceis e se enche de faltas. Muito importante na temporada
regular, não apareceu para a final do Oeste.
Clint Capela ganhou espaço com a lesão de D-Mo e ultrapassou Dorsey
nos playoffs mostrando um potencial gigantesco que muitos não tinham visto no
suíço durante a temporada regular. Aos 20 anos, deu um show de enterradas e
tocos contra jogadores muito mais experientes. Pode virar um bom pivô. Já Joey Dorsey foi uma decepção desde o
começo, chegou lesionado, perdeu a pré-temporada e quando apareceu não defendeu
nem atacou e ainda errou muitos lances-livres.
Kostas Papanikolaou perdeu bastante espaço com a chegada de Brewer
e com uma lesão no tornozelo, mas enquanto teve minutos significativos mostrou
que pode ser útil ao time mesmo sem um bom aproveitamento nos arremessos. Se
Houston tivesse tempo e paciência poderia fazê-lo contribuir mais. O outro
calouro Nick Johnson começou o seu
desenvolvimento, mais ou menos como Canaan no ano passado, com mais tempo na
D-League que na NBA. Mostrou velocidade e muita vontade na defesa, mas ainda é
cedo pra dizer qualquer coisa a mais.
KJ McDaniels chegou depois de boas partidas pelo Philadelphia
76ers, mas não mostrou quase nada em Houston. Pelo preço que foi pago (Isaiah
Canaan e uma escolha de segunda rodada), seria um erro do Daryl Morey deixa-lo
sair na offseason.
Melhores médias
- Temporada Regular
Pontos: James
Harden (27,4), Dwight Howard (15,8) e Trevor Ariza (12,8)
Rebotes: Dwight
Howard (10,5), Terrence Jones (6,7) e Josh Smith (6,0)
Assistências: James
Harden (7,0), Patrick Beverley (3,4) e Pablo Prigioni (2,8)
Roubos de bola: James
Harden (1,9), Trevor Ariza (1,9) e Patrick Beverley (1,1)
Tocos: Terrence
Jones (1,8), Dwight Howard (1,3) e Josh Smith (1,2)
- Playoffs
Pontos: James
Harden (27,2), Dwight Howard (16,4) e Josh Smith (13,5)
Rebotes: Dwight
Howard (14,0), Trevor Ariza (6,4) e James Harden (5,7)
Assistências: James
Harden (7,5), Jason Terry (2,8) e Josh Smith (2,7)
Roubos: Trevor
Ariza (1,8), James Harden (1,6) e Dwight Howard (1,4)
Tocos: Dwight
Howard (2,3), Josh Smith (1,0) e Terrence Jones (0,7)
Quem pode sair?
Agentes Livres Irrestritos: Jason
Terry, Corey Brewer e Josh Smith
Agentes Livres Restritos: Patrick
Beverley e KJ McDaniels
Team Option: Kostas Papanikolaou
Contrato Não Garantido: Pablo
Prigioni
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